Trata-se de um romance polifónico, no qual 11 personagens-narradores analisam alternadamente, em tom confessional, suas relações afetivas e profissionais. Patrícia Reis compõe, dessa maneira, um mosaico de vidas que se passam a limpo- Francisco, HIV positivo, descobre que seu contentamento é uma fachada há muito arruinada; Diogo, um ousado menino, toma consciência das perturbações familiares e de que os adultos se perdem com alguma facilidade; Miguel aceita a homossexualidade e assim, talvez, torture-se menos. Todos os personagens - mediante uma linguagem que se aproxima muito da fala - conquistam-nos rapidamente.