“É possível, vejo-me perguntando agora, que a tranquilidade com a qual eu, naquele momento, proclamei que não há ‘nada que uma pessoa deveria ser impedida de dizer ou escrever’, incluindo ‘qualquer coisa sexista ou racista’, tenha se originado de minha falta de experiência pessoal, como um homem velho e branco, de encontrar esse tipo de estereótipos sobre pessoas como eu, nos livros para crianças?” Perry Nodelman "Este livro é um pequeno tesouro, o primeiro texto – Somos todos censores, de 1992 e um clássico da bibliografia sobre o tema – é acompanhado por uma réplica inédita, do próprio autor. Trata-se de um exemplo raro de honestidade e rigor científicos, que torna os dois trabalhos uma referência a ser seguida, pois eles subvertem, em certa medida, a lógica acadêmica em vigor. Os efeitos do acirramento dos conflitos étnico-raciais e de gênero das últimas décadas, atuam sobre as convicções do escritor. À argumentação contra qualquer censura, sustentada em fins do século xx, Nodelman
