Nos últimos 80 anos, diferentes mãos compuseram a longa biografia de Sigmund Freud. Nisso, dois movimentos foram como que perpetuados. Uns enalteceram o primeiro psicanalista exageradamente, ao ponto de buscarem nas próprias construções o surgimento de um verdadeiro deus. Para outros, Freud era um ser desprezível e propenso ao cometimento de crimes, até porque sua origem também era. Piorando as coisas nesse caso, houve quem lançasse mão de inverdades sobre as três pessoas mais importantes para a sua formação, a saber, seu pai, envolvido no suposto assassinato de uma mulher entre 1852 e 1854 — lembrando que Sigmund nasceu em 1856 —, sua mãe, que supostamente teria casado para encobrir um pecado ocorrido em meados de 1854, e Josef Breuer, misto de mentor e amigo do então futuro psicanalista Freud, que teria abandonado seu discípulo momentos antes da invenção dessa técnica (isso, no começo de 1890). Pois bem. Diante de um cenário como esse, o livro que chega até você agora buscou repassar