Em Seremos dados, Marcus Bruzzo desconstrói as promessas da tecnologia e analisa o risco de abrirmos mão da imaginação. Um ensaio filosófico urgente sobre o que ainda nos distingue das nossas criações em um mundo regido por algoritmos.Entre todas as nossas invenções, nenhuma chegou tão perto de simular o espírito humano quanto a inteligência artificial. O que nasceu como uma ferramenta de extensão das nossas capacidades tornou-se um agente que opera sobre a vida, a morte e, principalmente, sobre a nossa imaginação. A criatura passou a refletir o criador, e esse reflexo agora ameaça despossuí-lo de seu lugar no mundo.Marcus Bruzzo parte desse assombro característico do nosso tempo. Para ele, a IA generativa não projeta o futuro, apenas reorganiza o passado. Seu poder de recombinação dissolve o que há de mais singular na criação humana: o excedente imaginário, o dom de sonhar o impossível que sempre definiu a criatividade ontológica, a capacidade de criar ou influenciar a realidade do se