A história da humanidade é a história da riqueza concentrada em alguns espaços geográficos, com peregrinações de esfomeados dirigindo-se a esses lugares para amenizar seus sofrimentos. Egito, Israel, Mesopotâmia, Babilônia, Roma. A esses lugares somam-se outros, até chegarmos a esse tempo de Nova York e São Paulo. Essas pessoas que migram têm nomes, sonhos, expectativas e ilusões. Encaram realidades piores que pesadelos e, às vezes, sobrevivem. A história da migração da família de Ana e Franklin é uma metonímia nesse perambular explorador viandante senzalesco, sempre a serviço do bem-estar da casa-grande. O livro não responde literalmente os porquês, mas dá voz aos personagens que partiram para o “se virar” naquilo que aparecia, na base do “seja o que Javé quiser”. O autor pensou na ideia e no formato, contando no conteúdo com outros sete colaboradores descendentes dos protagonistas. Os vários relatos deram unidade aos desígnios dos migrantes, cada qual com seu ponto de vista, tentando