Francisco Pizarro é, provavelmente, uma das figuras mais famosas e menos compreendidas da história mundial. Sua vida é um apanhado extraordinário de adversidades e tragédias. Senhor de escravos espanhol, analfabeto, possivelmente descendente de africanos, Pizarro iniciou sua jornada em 1530, aos 54 anos, para, finalmente, estabelecer a conquista do Peru. Firmando suas atitudes como as de um homem de seu tempo, Stuart Stirling nos mostra que houve uma pequena diferença, em termos morais, entre a expediência política de Elizabeth I quando ordenou a execução da rainha Mary, da Escócia, e o assassinato do inca Atahualpa por Pizarro - um feito pelo qual seu nome é tratado com infâmia. A pilhagem e a destruição da herança artística medieval da Inglaterra durante a reforma não são atos menos bárbaros do que os saques em Cuzco cometidos pelos conquistadores dez anos antes. Apesar de Pizarro poder ser, de forma legítima, descrito como um homem audaz, brutal e cruel, a sorte também esteve presen