OBSESSÃO
São as pombas
São as bombas
São as trombas da criação.
São os ratos
São os fatos
São os tratos da inanição.
São os rombos
São os tombos
E os lombos da perdição.
São os casos
Os descasos
E os vasos da imensidão.
São os passos
São os traços
E os fracassos da multidão.
Muito raras
São as caras
Não as taras da ocultação.
Muita estética
Muita técnica
Nossa herética visão.
E que pena
Não havia cirurgia
Pra agonia do coração.
São Marias
Avarias
E utopias de pés no chão.
E os amores
São clamores
E favores da tua mão.
E a procura
Não tem cura
Por ser pura obsessão.