A busca pelo prazer ou a tentativa de fuga da situação vivida, uma breve viagem — a aterrissagem é imprevisível e a realidade se impõe inexoravelmente em seguida. Como as sereias mitológicas, as drogas cantam e a muitos encantam, atraem pela promessa de entrega de prazer, mas ocultam o mal que sorrateiramente destrói, mina os vínculos do usuário e/ou dependente com a família, com a sociedade e, por último, consigo mesmo, porque afeta a sua dignidade e em muitos casos o reduz a condições sub-humanas. As drogas exigem relação de exclusividade, são absolutamente egoístas. Elas tiram tudo e todos, da família aos amigos, do patrimônio à dignidade. É uma relação de alto risco, porque o prazer entregue cobra uma contrapartida; colocando na balança custo e benefício, o resultado é inevitavelmente desfavorável. As drogas, com exceção daquelas de uso medicinal enquanto para esse fim, vêm com malefícios públicos e notórios. É possível viver os sabores e dissabores da vida sem usar drogas? É possí