Ao leitor, devo explicar minhas qualificações para a empreitada que começa aqui. Afinal, sou um economista que se dedicou à educação e, nos assuntos de meio ambiente, digamos que eu seja um observador qualificado. Nem um leigo completo, nem um profissional de silvicultura ou ecologia. Vejo o assunto com um pé dentro e outro fora da área. Dessa perspectiva, escrevo.” O esclarecimento é de Claudio de Moura Castro e aparece no início dos “Agradecimentos” de O mutirão das árvores: queremos sombra e água fresca, seu novo livro, que acaba de ser publicado pela BEI Editora. A obra representa o mais ambicioso resultado das reflexões do autor sobre o maior – e por isso mesmo incontornável – desafio da atualidade: conter a elevação da temperatura da Terra. “Sem desprezar o deleite de uma boa sombra, trata-se de responder de forma contundente à escassez generalizada de água e ao aquecimento global. Embora não seja o único caminho a ser trilhado, a tese é persuasiva: plantar árvores é o melhor re