A vida de Taunay entre nós não foi fácil. Como homem da Ilustração, ele não encontrou lugar para os escravos em suas pinturas: se a natureza era imensa, já os escravos surgiam cada vez mais diminutos, quase borrões no meio da tela. Os trópicos pareciam difíceis de representar, e Taunay sempre reclamou da luz brilhante demais da América, dos verdes \"excessivos\" das florestas e do céu do Rio de Janeiro, que considerava absolutamente \"exagerado\". Por outro lado, a tão sonhada Academia não saía do papel, e, quando finalmente foi fundada, Taunay acabou preterido na estrutura da instituição. Fartamente ilustrado - são 103 imagens em preto-e-branco e mais dois cadernos coloridos com 45 telas que o pintor realizou na Europa e no Brasil.