O câncer gástrico permanece como um dos grandes desafios de saúde pública global. De acordo
com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são registrados anualmente cerca de 1 milhão de
novos casos em todo o mundo, com uma taxa de mortalidade superior a 70%. Embora sua incidência
seja mais elevada em países do Oriente, o Brasil apresenta uma taxa intermediária, com destaque
para o aumento de casos de câncer gástrico proximal e de tipo difuso entre adultos jovens, na faixa
etária de 25 a 39 anos, especialmente entre as mulheres.
Nas últimas duas décadas, observou-se um avanço significativo no conhecimento sobre essa
neoplasia. Houve uma revolução tanto na compreensão do câncer gástrico como uma doença
heterogênea — composta por múltiplos subtipos moleculares — quanto nas estratégias multidisciplinares
de tratamento, que incluem desde técnicas minimamente invasivas até a incorporação
de novos agentes quimioterápicos e imunoterápicos. A caracterização molecular mais refinada da
doença tem pos