Todos os dias somos informados de episódios de violência, roubo de cabos, paralisação e atrasos nos trens urbanos do Rio de Janeiro. Se pretendemos fazer uma viagem entre diferentes cidades do nosso país, não encontramos os trilhos como um meio de locomoção. Mesmo o fluxo de cargas pouco utiliza as ferrovias como via de escoamento e ligação entre regiões produtoras e centros consumidores ou portos.
Como chegamos até aqui? Por que temos que nos render a um sistema de transporte tão precário e entregue quase exclusivamente ao modal rodoviário?
Para entender essas questões, precisamos nos debruçar sobre o processo histórico e compreender os interesses e as decisões políticas tomadas ao longo do tempo, que levaram à construção desse sistema tão lesivo aos segmentos mais empobrecidos da população e mesmo pouco eficiente para o transporte de cargas.
Uma contribuição ao conhecimento da história ferroviária foi dada neste livro de Raphael Castelo Branco da Silva. A obra aborda a in